terça-feira, 1 de maio de 2012

Artesanato e comidas típicas

Feira na Praça 8 de Abril ( Praça do Choppão)
    todas terças-feiras das 6h às 22h.

Comida de rua quer fazer parte do circuito oficial de turismo em MT

Você é do tipo que, ao visitar uma cidade, procura o restaurante mais tradicional, conhecido e badalado para conhecer a culinária local? Se “é desses”, seria bom considerar  a opinião do “chef aventureito” que apresenta o programa “Sem Reservas”, do canal Travel & Living, Anthony Bourdain, e aprofundar as suas percepções sobre o assunto. Ele afirma que o melhor jeito de conhecer a culinária de um local é degustando a “comida de rua”, ou seja, aquela que é feita e comercializada, ou apenas comercializada, na rua.

Por concordar, defender a ideia e tirar parte da renda da família da venda de comidas típicas cuiabanas, em feiras livres, a estudante de culinária, Rosana Roque Pavão se associou a outros feirantes para montar a Associação Mato-Grossense de Artesanato e Culinária (AMAC). A intenção é conseguir o apoio de autoridades públicas, entidades e da população para que as feiras de rua constem no roteiro oficial de turismo das cidades. O grupo quer aproveitar o mote da preparação de Cuiabá para a Copa de 2014 e incluir, quatro feiras de artesanato e comidas típicas, no roteiro oficial de turismo da Capital.


   Delicioso Pacu seco com arroz na Barraca
   da Rosana Pavão e do professor Serjão

“Queremos que as autoridades estimulem e levem os turistas para conhecerem  nossas feiras. Queremos que falem do que há de bom nelas, que façam a divulgação desses eventos em seus materiais gráficos oficiais. Queremos incentivo e a presença da população local. Prova de que a ideia é boa, não só para o comerciante, mas para a cidade, é a mudança que imprimimos nas regiões. Depois que passamos a ocupar uma praça, ela ganha vida nova. As famílias voltam a frequentá-las como espaços públicos, os amigos usam para ponto de encontro e assim, resgatamos o significado desses lugares”, afirma Rosana.

Atualmente os integrantes da AMAC trabalham com a venda de artesanato e comidas típicas locais e de outras culturas no “Bulixo”, que acontece sempre às quintas-feiras, no Sesc Arsenal, no bairro Porto; na praça João Bueno, em frente à Casa do Artesão, no bairro Porto, nas sextas-feiras; nos sábados e domingos na praça Santos Dumont, na avenida Getúlio Vargas e, mais recentemente, na praça 08 de Abril, em frente ao Choppão, nas terças-feiras. As feiras começam sempre às 18h e seguem até as 22h.

“Um exemplo de lugar que ganhou um novo significado para a população de Cuiabá foi o Sesc Arsenal, com o Bulixo. Antes da feira, quase ninguém frequentava o prédio. Agora, o lugar não comporta mais o número de frequentadores. Famílias vão ali para degustar a culinária cuiabana, oriental, portuguesa e para ver os amigos, conversar, interagir. O ponto hoje faz tanto sucesso que vamos ter que trabalhar em rodízio, pois todo mundo quer trabalhar lá”, afirma.

   Sexta e Sábado Feira na Praça Santos Dumont
   - Getulio Vargas das 18h às 22 h

Para os preconceituosos da comida de rua, a jornalista Márcia Andreola, conta que concorda com o chef aventureiro. Ela lembra que a comida de gastronomia chique existe em qualquer lugar, mas, se de fato você quer conhecer o estilo de vida do lugar é imprescindível comer na rua. “Culinária também é um registro cultural. Quando mudei para cá, nunca tinha ouvido falar da Maria Izabel e Farofa de Banana, que para mim, não tem nada mais cuiabano que isso. Além, é claro, do bolo de arroz. Outra coisa que muito me chamou atenção foi o costume das pessoas aqui, tomarem suco na sacola plástica. Isso é cultura”.

    Batatas Rosti'D da Barraca do Rafael

   O Acarajé delicioso da Gal


Texto: Marcia Oliveira
Fotos: Jupirany Devillart

Um comentário:

De onde vem meus amigos

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